Trecho de Eugene Peterson, sobre o texto de Is 6.8-10
"o que ele ouviu no texto que lhe foi designado para pregar seu sermão foi algo mais ou menos assim: 'Agora, Isaías, você sabe com quem está lidando – com o Santo. Você é minha testemunha e intérprete. Isso não será fácil. Simplesmente por pregar o Santo, você fará que os olhos deles se ofusquem. Não saberão do que você está falando. Pior ainda, entenderão mal o que você está falando e suporão que é totalmente sem pertinência a tudo que lhes importa. Métodos e meios convincentes e tentadores lhe ocorrerão, serão sugeridos a você, lhe serão recomendados por alguns dos outros profetas da cidade, métodos e meios que põem de lado o Santo para pôr no lugar algo muito mais compreensível e acessível. O fato é que os homens e as mulheres não amam nem apreciam o Santo – querem um Deus que lhes sirva do jeito deles, não um Deus a quem eles sirvam do jeito dele. Não se deixe desviar: a tarefa de pregar a verdade da salvação não é auxiliada pela clareza de comunicação – a comunicação clara requer que se usem palavras e a sintaxe que as pessoas estão familiarizadas, que é parte de seu cotidiano [reduzindo o Santo ao “mercantizável”]. Mas o Santo não faz parte de algo que estejam acostumados. É toldado pelo pecado; é uma vaga lembrança da imagem que foram criados. A pregação do Santo não é promovida por técnicas ou estratégias. O Santo não é um problema a ser resolvido. E, se você transigir na mínima coisa, você me trairá. Também traíra esse povo. Não importa quanto eles respondam a você, não importa quanto eles possam aplaudir seus sermões, você acabará por defraudá-los de uma vida santa, uma vida do alto, uma vida curada, restaurada, resagatada, perdoada – pelo Santo’” [grifo do autor] – O caminho de Jesus e os atalhos da Igreja, pág 167-168. Editora Mundo Cristão, 2009.
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